Apresentação:
O estudo da América Latina já se tornou uma tradição nas ciências sociais no Brasil e no mundo. Com os processos de democratização, integração regional e globalização, observados nas últimas décadas, aumentou ainda mais a importância das pesquisas direcionadas à região. Compartilhando esses interesses acadêmicos é que fundamos o LEAL – Laboratório de Estudos da América Latina, com o objetivo de contribuir com algumas respostas tentativas aos vários desafios de ordem política, econômica, social e internacional do continente.
A ascensão do Brasil no cenário regional e global traz mais responsabilidades e levanta novas questões de pesquisa, nas quais a América Latina adquire especial ênfase. O conhecimento social sobre a região está fortemente conectado às necessidades práticas do Estado e das sociedades brasileira e latino-americanas, uma vez que compartilhamos não só fronteiras territoriais, mas também uma significativa identidade histórica, cultural e institucional desde a colonização, embora não exatamente com as mesmas matrizes ibéricas e evolução ao longo dos séculos, sobretudo, após o período autoritário. A identidade agora se associa à formação de espaços políticos comuns, como o Mercosul, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
Um traço característico do grupo é a sua multidisciplinaridade, procurando conciliar teoria e pesquisa, bem como as tradições dos estudos latino-americanos com a emergência de outros temas e abordagens, entre os quais os direitos humanos. Faz parte essencial dos nossos objetivos examinar as condições dos direitos humanos na região, especialmente no caso da violência política, das populações vulneráveis, dos refugiados e deslocados internos, e das respectivas políticas externas desses países voltadas para as missões de paz, estratégias de estabilização, cooperação internacional e ajuda humanitária.
Um aspecto que vincula os estudos latino-americanos dos anos 1950-1970 aos de hoje é justamente as relações internacionais pós-transições para a democracia. Se no passado houve o debate sobre a desigualdade e dependência, atualmente esses problemas se colocam em novo formato e inserção internacional dos países da região em perspectiva comparada, onde as questões dos direitos humanos e das políticas sociais se mesclam aos temas do desenvolvimento e do papel do Estado.
O laboratório tem como objetivo não só desenvolver pesquisas e análises qualificadas, mas também ajudar no treinamento de jovens pesquisadores, especialmente os alunos do curso de graduação em relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O LEAL foi criado oficialmente em outubro de 2010.
O LEAL foi criado oficialmente em outubro de 2010.
